O pensamento de Bruno Latour (1947-2022)
Ensaio
Acabo de publicar um ensaio sobre o pensamento de Bruno Latour.
Introdução
Este é um depoimento pessoal sobre o pensamento de Bruno Latour. Tenho estudado e aplicado as suas ideias de forma sistemática desde 2010. Apesar disso, não me sinto um especialista em um autor tão complexo e irreverente. Portanto, esta é uma humilde revisão da sua obra, muito pessoal, escrita um dia depois do anúncio da sua morte, em 9 de outubro de 2022. Tive contato com o trabalho de Latour quando do lançamento do “Jamais Fomos Modernos”, em Paris, em 1991, quando eu estava iniciando o meu doutorado em sociologia na França. Não compreendi a dimensão daquela posição teórica no momento, embora tivesse me aproximado, sem saber, da sua análise híbrida das redes sociotécnicas quando analisei, na minha tese de doutorado, a cibercultura nascente. Ela era um fenômeno emergente (estávamos em 1991), que já começava a se configurar como um fato social total. Este fenômeno deveria ser analisado a partir do entrelaçamento entre o que chamei à época de sociabilidade e tecnicidade. Meu livro, “Cibercultura. Tecnologia e vida social na cultura contemporânea” (LEMOS, 2002), versão atualizada da tese de doutorado homônima defendida em 1995, faz agora 20 anos e será relançado com uma nova apresentação. …
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